Pensando Sobre Moda: O Valor da Marca

domingo, 4 de agosto de 2013

O Valor da Marca

A função da vestimenta, hoje, é a mesma de séculos atrás? Vestimos roupas ou símbolos?

Não é raro, aliás, é muito frequente, vermos por aí alguém mostrando, com orgulho, o mais novo bem adquirido de uma marca de grife, ou, revelando o desejo de comprá-lo. E quanto mais caro e exclusivo o produto for, mais desejo despertará nos consumidores.

Afinal, o que nos leva a preferir a etiqueta à qualidade? Não que produtos de grife não tenham qualidade, muito pelo contrário, pois se alcançaram determinado sucesso, é porque são dignos desse reconhecimento, mas o fato é, que diante de dois produtos de padrões iguais, um de marca conhecida e outro, sem nenhuma assinatura, o ser humano vai considerar a grife, fabricante de um produto de qualidade superior. Logo, se somos capazes de adquirir tais produtos, somos pessoas que sabemos selecionar e isso, consequentemente, fará com que os outros pensem que temos mais cultura, mais poder aquisitivo, frequentamos os melhores lugares, temos prestígio! PRESTÍGIO, um dos grandes desejos do ser humano, em se tratando das chamadas necessidades da ponta da pirâmide (da hierarquia das necessidades de Maslow), que compõem a autorrealização.

Muito bem, a partir desse entendimento, podemos concluir porque o preço e a exclusividade são tão importantes. Fazendo uma analogia de espaço, a ponta da pirâmide comporta poucas pessoas, sendo assim, produtos exclusivos e caros automaticamente “escolhem” quem poderá tê-los, e isso, faz com que marcas que ficam muito difundidas percam seu valor, ou seja, as marcas que são constantemente copiadas não despertam o interesse de quem anseia o tal prestígio. Inclusive, as marcas que recorrem ao licenciamento (forma de produção que licencia várias fábricas no mundo a produzirem seus artigos, a fim de não sofrerem cópias), também perdem seu valor, pois apesar do produto ter a marca, o preço cai e não é difícil encontrá-lo, fazendo com que muitos possam adquiri-lo e assim, aniquila-se a exclusividade.

Para finalizar, percebamos que no primeiro momento que vemos alguém, temos a conhecida “primeira impressão”, que vai filtrar tudo que uma pessoa agir e falar a partir de então. Até mesmo quem não admite, procura mostrar o melhor de si, para que seja avaliado da maneira menos preconceituosa possível, e os símbolos que essa pessoa carrega, adornando sua imagem, ajudará nesse “julgamento”. Afinal, somos postos à prova a todo momento, e quem não quer ser o melhor aluno da classe?

A Pirâmide de Maslow - a hierarquia das necessidades humanas

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